Petrolina abre Caravana da Democracia em Pernambuco

caravana frente
Frente Brasil Popular tem mobilizado o país, estado e em Petrolina contra o processo de impeachment da presidente Dilma

Pernambuco lança nesta segunda-feira, 4, a primeira edição da Caravana em Defesa da Democracia. A iniciativa visa reforçar as manifestações que a Frente Brasil Popular (FBP) em Pernambuco e em Petrolina, vêm realizando contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), contra o governo interino do vice-presidente Michel Temer (PMDB) e em defesa dos direitos sociais e trabalhistas conquistados nos últimos anos que encontram-se ameaçados pelo Governo Temer.

Para marcar o lançamento da Caravana, acontece às 15h um ato público na Praça do Bambuzinnho, no centro de Petrolina, sertão do São Francisco, de onde partirá a caravana que percorrerá vários municípios pernambucanos até o dia 13 deste mês. Mas antes pela manhã, com o apoio da Frente em Juazeiro-BA, os participantes serão recebidos com um café da manhã no espaço de convivência da Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco), campus localizado na vizinha cidade baiana.

Na universidade acontece uma reunião ampliada da Frente Brasil Popular, a partir das 9h, com a participação da militância, entidades ligadas aos trabalhadores e agricultores, estudantes, detentores de mandatos dos partidos que fazem parte da FBP e dirigentes partidários, dos movimentos sociais e sindicatos que integram a Frente na região.

Conforme o roteiro, a Caravana partirá de Petrolina para cidades como Ouricuri, Salgueiro, Surubim, Garanhuns, Caruaru e Recife, quando será encarrada dia 13 com um grande ato na capital que contará com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes do Recife, Lula estará em Petrolina, dia 11, em outro grande ato batizado de ‘Semiárido contra o Golpe’, com o apoio da Articulação do Semiárido do Nordeste (ASA).

A expectativa de todas as organizações que formam a Frente Brasil Popular no município e região é que estejam na cidade, caravanas de todo o semiárido do Nordeste. O local da manifestação vem sendo pensado para a Praça da Catedral de Petrolina, mesmo espaço onde a presidente Dilma realizou um de seus últimos comícios na campanha de reeleição em 2014.

 

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Aliados de Dilma criam comitê contra pedido de impeachment

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Criação do Comité pró-Dilma (Foto: Divulgação)

Na manhã desta quarta-feira (23), uma reunião na Câmara dos Deputados marcou a criação do “Comitê Pró-Democracia”, criado por aliados da presidente Dilma Rouseff para tentar impedir o impeachment.Um grupo formado por representantes de “movimentos sociais”, partidos políticos, servidores públicos e entidades diversas que defendem o respeito à democracia e se posicionam contra o processo de impeachment, alegando que não há fundamento legal que o justifique.

Entre as entidades e “coletivos” que compõem o comitê estão a União Nacional dos Estudantes (UNE), Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Barão de Itararé (DF), Comissão de Justiça e Paz (DF), Intervozes e Mídia Ninja; além de representantes do Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Partido Socialismo e Liberdade (PSol).

Para a deputada federal Luciana Santos que preside também o PC do B, está em processo de mobilização a criação de uma “Frente Parlamentar Mista em Defesa da Democracia” e disse contar com a participação do “Comitê” nos debates e ações da Frente.

“Queremos caminhar junto com este comitê, porque as vozes reunidas aqui expressam o pensamento de grande parte da sociedade, que sabe que não existe fundamento jurídico para um impeachment da presidenta Dilma”, disse. O lançamento da Frente está previsto para o próximo dia 30 de março.

 

Além do ato junto com a frente, o comitê terá atividades próprias, a começar pelo seu próprio lançamento na próxima segunda-feira (28), às 16h, com uma grande mobilização no Congresso Nacional.

“É um comitê amplo, que está aberto a receber todas aquelas pessoas que acreditam na democracia como um bem inestimável do nosso povo, que merece ser cuidado e defendido. Vamos conversar com os deputados e argumentar que nosso país precisa de estabilidade política e respeito às instituições”, explicou Iago Montalvão, da diretoria da UNE, que também faz parte da coordenação.

 

Blog de Jamildo

Movimentos sociais e sindicais fazem manifesto contra o que chamaram de “interrupção da legalidade democrática”

Entre os nomes na lista estão o MST, a Pastoral da Terra e a centrais sindicais como CUT (Foto: Marcelo Camargo/divulgação)
Entre os autores do manifesto estão o MST, a Pastoral da Terra e as centrais sindicais como a CUT (Foto: Marcelo Camargo/divulgação)

Em resposta ao discurso de apoio à realização de novas eleições antes de 2018, proferido no domingo (5), por integrantes do PSDB durante a convenção nacional do partido, grupos ligados aos movimentos sociais e sindicais publicaram na segunda-feira, 6, um manifesto contra a “interrupção da legalidade democrática”.

A carta com sete tópicos é assinada por várias entidades, como a Comissão Pastoral da Terra, Movimento dos Sem Terra (MST) e Federação Única dos Petroleiros, além de parlamentares petistas e personalidades como o jurista Fábio Konder Comparato. “Não aceitaremos a quebra da legalidade democrática, sob que pretexto for”, diz o primeiro item. “Consideramos inaceitável e nos insurgimos contra as reiteradas tentativas de setores da oposição e do oligopólio da mídia, que buscam criar, através de procedimentos ilegais, pretextos artificiais para a interrupção da legalidade democrática”, afirma o texto, que também faz críticas ao ajuste fiscal.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, utilizou o Twitter ontem para defender o governo. “Perderam no voto, agora querem ganhar no tapetão. Fora, golpistas! Democracia neles”, escreveu.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

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